segunda-feira, 16 de junho de 2014

Bem-te-vi



              Bem-te-vi


            




                                          Classificação científica:   
                                     
                                             Reino: Animalia
                                             
                                             Filo:   Chordata
                                              
                                              Classe: Aves
                                    
                                      Ordem:  Passeriformes
                                      
                                        Família:  Tyrannidae
                                        
                                          Gênero: Pitangus
                                           Espécie: P.

                                                            sulphuratus


 bem-te-vi ou grande-kiskadi ) é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituãpitaguá ou puintaguá. Outras apelações existentes sãotriste-vidabentevibem-te-vi-verdadeirobem-te-vi-de-coriatiuíteuí,tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: great kiskadee. Na Argentina é conhecido comobichofeovinteveo e benteveo; na Bolívia como frío; e na Guiana Francesa comoquiquivi ou qu'est-ce qu'il dit.1
Os únicos representantes do género Pitangus eram o bem-te-vi e a espéciePitangus lictor,2 porém atualmente só uma espécie enquadra-se neste género, o próprio bem-te-vi. A espécie Pitangus lictor agora é sinonímia da atual Philohydor lictor, o bem-te-vizinho.3
A escrita bentevi não é reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.4
Medindo cerca de 23,5 cm, caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do canto que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao amanhecer.
Constrói o ninho com pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas. Pode inclusive utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana: papel, plástico e fios. Seu ninho tem uma forma fechada e esférica com a entrada na parte lateral (diferentemente dos ninhos em forma de xícara, a entrada é pelo lado), medindo cerca de 25 cm de diâmetro, geralmente é construído no topo de árvores altas, na forquilha de um galho, mas é muito comum também vê-lo nas cavidades dos geradores de postes, podendo ficar entre 3 e 12 m do solo.
Além de construir o ninho o casal divide as tarefas de cuidar da prole. Na época do acasalamento próximo ao ninho, macho e fêmea cantam em dueto, batendo as asas ritmicamente.
Põe cerca de três a quatro ovos cônicos e brancos com pintinhas pretas (lembrando ovos de codorna). Eles são brancos logo após a postura, mas após um tempo passam a ficar amarelados. Os ovos medem 31 x 21 milímetros e são incubados pelo casal. São cônicos com pintinhas pretas como os ovos de codorna, após a eclosão seu desenvolvimento é altricial (nasce quase sem penas com olhos fechados, não voa nem anda): 
Época de reprodução: setembro a dezembro.
Número de ovos: 3 a 4 ovos.
Incubação:17 dias.
São aves monogâmicas e quando da nidificação o território circundante ao ninho é defendido vigorosamente, podendo vir a ser agressivo com outros pássaros e até mesmo outros animais ao se sentir ameaçado. Por esta razão que faz parte da família dos tiranídeos (de tirano). É comum vê-los dando rasantes em aves de rapina (principalmente gaviões) que entram no seu território.
Alimentação
Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), flores de jardins, minhocas, cobras, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e equinos. Atrapalha a apicultura por ser predador de abelhas. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o vôo.
Em suma, é uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes poderá ajudar a controlar pragas de insectos, como por exemplo, sabe-se que esta ave se alimenta de répteis do género Anolis. Estes répteis, por sua vez, alimentam-se de escaravelhos predadores de insectos. A ave, ao fazer diminuir o número de répteis, fará com que sobrevivam mais escaravelhos, que aumentando o seu número, poderão controlar (diminuir) o número das suas presas (neste caso, insectos, que poderão em certas circunstâncias serem consideradas pragas, prejudicando as atividades humanas).
Como é uma ave de hábitos que se adaptam muito rapidamente pode, também, se alimentar da ração de cachorros, gatos, e outros animais de estimação.

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